Uma vez observei dois rapazes conversando, e tocaram em um assunto que que chamou muito a minha atenção.
Estavam conversando sobre a perda de alguém. Questionavam esse assunto, tentando descrever algo que poucos compreendem.
Posso afirmar que a sensação é horrível, por mais que você tente compreender, simplesmente não conseguimos. Não aceitamos a morte, não nos conformamos o fato dela vir e levar a única pessoal que amamos.
Eu falo isso por que, perdi alguém, perdi aquele que foi meu amigo, que foi meu instrutor, que me ensinou, perdi aquele que seria meu apoio, perdi aquele que liderava a família.
A morte levou meu pai em uma fase da minha vida conturbada, contava com sua presença, eu sonhava construir minha família com ele ao meu lado, eu sonhava em ter meus filhos, e leva-los todo final de semana em sua casa.
A vida nos trás surpresas, boas e ruins, mas naquele momento, não estava preparado para perde-lo, pois tinha minha vida pela frente e queria que ele estivesse presente. Até hoje, sinto a falta dele, sinto falta da sua presença me arrependo de coração, por não lhe dizer o quanto amava, o quanto ele era importante.
As únicas coisas que restaram, foram lembranças de um verdadeiro pai, que apesar de todos os seus defeitos mostrou como ser um verdadeiro homem, mesmos com defeitos erros. Mostrou que apesar de não ter mais a sua força física, era possível lutar pela vida, de manter a esperança de um dia melhor. Mostrou que é possível mudar, que é possível amar, que é possível se arrepender. Me ensinou o quanto a vida é valiosa, e que devemos aproveita-la de maneira digna, honesta, mesmo não tendo tudo, mesmo com necessário, é possível viver feliz.
Posso concluir que não há definições para a morte, apenas uma hora ela chega. Eu senti na pele a dor que ela trás. E o que permanece?
Lembranças ... Apenas lembranças, de um tempo que não volta.
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