Os sapatos que calço são mais do que meros acessórios; são extensões de mim mesmo, levando-me por caminhos diversos, por ruas que contam histórias de mil vidas. Com eles, piso em terrenos desconhecidos, explorando outras formas de ser e de pensar. Eles me lembram que, para entender o mundo, preciso caminhar por ele, sentir sua textura sob meus pés, absorver sua essência.
Fora de meu reino, carrego comigo tudo o que sou e tudo o que vejo. Deixo para trás a violência, a dúvida, o dinheiro e a fé, levando apenas a imagem de todas as ruas que percorri. Cada rosto é um poema, cada esquina, uma história. E assim, coleciono fragmentos da humanidade, pedaços de um quebra-cabeça que talvez nunca se complete.
À noite, quando me deito, meu espírito vagueia por terras fantásticas. Sonho com coisas loucas, sem saber por quê. Talvez seja o universo me dizendo que há mais, muito mais do que as paredes do meu reino podem conter. Talvez seja minha alma ansiando por voar, por descobrir o que se esconde nas dobras do tempo e do espaço.
E assim, entre sonhos e realidade, construo minha existência. Minha casa é meu reino, mas é também o ponto de partida para todas as jornadas que ainda estão por vir.
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