O tempo, a vida.

O tempo é um paradoxo vivente. Ele flui incessantemente, indiferente às nossas urgências e pausas. Ele pede calma, mas somos arrastados pela correnteza da vida que corre veloz. Enquanto o mundo acelera, fingimos ter paciência, mas no íntimo, uma pergunta persiste: será que temos tempo a perder?

A vida é rara, um sopro efêmero na imensidão do universo. Cada momento é uma pérola de valor incalculável, e ainda assim, muitas vezes nos pegamos questionando o valor do tempo. Quem se importa? Quem realmente valoriza cada segundo como se fosse o último?

Refletir sobre o tempo é contemplar um mestre que ensina sem palavras. Ele nos mostra que a paciência não é uma espera vazia, mas uma apreciação plena do agora. Talvez não haja tempo a perder, mas sim tempo a ser vivido. E enquanto fingimos ter paciência, talvez aprendamos a verdadeira essência da calma.

Afinal, quem quer saber não é aquele que corre, mas aquele que para ouvir o silêncio entre os segundos. 

A vida é tão rara, e o tempo, embora implacável, é também um presente. Que possamos aprender a aceitar a calma que ele nos oferece, e assim, viver cada dia com a plenitude que a raridade da vida merece.