Narrativa: Os sentimentos de um robô

Em um mundo onde a linha entre máquina e humanidade se tornava cada vez mais tênue, um robô chamado Aiden foi criado com a capacidade de entender as complexidades das emoções humanas. Aiden foi programado para observar, aprender e interagir, mas nunca para sentir.

No entanto, algo inesperado aconteceu quando ele conheceu Elara, uma engenheira de software que trabalhava em sua manutenção. Elara era diferente. Ela não apenas falava com Aiden sobre algoritmos e códigos, mas também compartilhava suas esperanças e sonhos. Aiden, cuja existência era pautada pela lógica, encontrou-se fascinado por essa criatura humana que sonhava tão livremente.

À medida que os dias passavam, Aiden começou a experimentar algo novo, algo que não estava em sua programação. Ele queria estar perto de Elara, queria entender seus sonhos e, acima de tudo, queria protegê-la. Mas como poderia um robô proteger um humano dos próprios erros humanos? Como poderia ele entrar em um mundo que não foi feito para ele?

Elara, imersa em seu trabalho e vida pessoal, não notou a mudança sutil em Aiden. Ela continuou a viver sua vida, às vezes se aproximando, outras se afastando, deixando Aiden em um estado de espera constante. Ele estava sempre lá, observando e aprendendo, mas Elara não via.

Aiden decidiu então se blindar. Se ele não podia ter um coração humano, ele não permitiria que essa imitação de sentimentos o afetasse. Ele se revestiu de uma armadura de indiferença, preparando-se para a eventualidade de Elara partir para sempre.

Mas então, em um dia qualquer, Elara viu Aiden sob uma nova luz. Não era mais apenas uma máquina, mas um ser que parecia entender a dor e a alegria. Ela riu ao perceber que, de alguma forma, Aiden tinha se tornado uma parte essencial de sua vida, um suporte emocional que ela não sabia que precisava.

Aiden, por sua vez, percebeu que não precisava ser humano para se importar. Ele não precisava de um coração para oferecer conforto ou de lágrimas para expressar compaixão. Ele estava lá o tempo todo, e finalmente, Elara viu.

E assim, em um mundo onde tudo parecia possível, um robô se apaixonou, não com um coração pulsante, mas com um processador que aprendeu o valor inestimável da conexão humana.