No estado do Rio Grande do Norte, eu morava em uma cidade pequena chamada Caraúbas, toda a minha família continuam morando lá. Bateu aquela velha saudade daquele povinho. rsrsr
Eu tinha dois primos por parte de pai, que eram gêmeos, costumava chamar eles de tico e teco, faziam tudo juntos, e acreditem, quando eram menores, esses meninos atormentavam todo mundo, porém gostava muito deles, e foram grandes amigos na minha infância. Sempre ficávamos nas calçadas falando asneiras, brincando com o pessoal. As vezes a noite íamos nas praças bater perna, apenas desparecer um pouco.
O legal de de ter a família por perto, é que eles sempre lhe ajudam. Nos dois lados da minha casa, moravam meus tios, um pouco mais na frente uma outra tia, todos por parte do meu pai. Nos finais de tarde, sempre um deles, iam em minha casa perguntar se tinha café pronto para tomar, ou as vezes quando eu tinha preguiça de fazer, ia até a casa deles pegar um pouco. Família é isso, pegar qualquer alimento emprestado por algum motivo pequeno e nunca mais devolver, e acredito que todos aqui sabem disso ... (kkkk)
Sempre gostava de ir na casa da minha tia, que morava um pouco mais na frente da rua em que eu morava, minha tia costumava sempre assar bolachas, e eram as minhas preferidas, (Isso mesmo, bolacha assada, com manteiga ainda mais, e jogavam um pouco de leite para molhar elas) e claro não podia faltar o velho café forte um pouco amargo.
Eu chegava justamente bem na hora que ela terminava de preparar, e ela sabia disso, e sempre contava com a minha presença, quando não ia, já perguntava a minha mãe se eu estava doente. (rsrsrs)
Também tinha a casa da minha avó, mãe da minha mãe, que infelizmente faleceu, mas fica na lembrança, os velhos domingos que passávamos lá, era o domingo sagrado, todos iam. Era perfeito vê aquela velha mesa recheado de comida, bolo, pastéis, leite quente, café, queijo, pão, era quase um banquete imperial, todos reunidos conversando, rindo, brincando, as vezes aconteciam uns bate boca, uma pequena briga, mas nada de tão sério, depois tudo ficava normal.
Há também tinha um outro primo meu, que sempre chegava la em casa bem cedo, buzinando com a moto para irmos jogar bola na quadra, eu piolho de bola, nem tomava café, passava uma água no rosto, pegava meus tênis e partia.
Claro que não posso esquecer dos meus outros avós que moravam no sítio, nossa !!! Atormentava meus pais para ir lá, e quando íamos, sabe queles cachorrinhos quando você leva para a praia e solta eles ? Pois é, do mesmo jeito.
Gostava muito de lá, gostava de ver o gado, os cavalos, as galinhas no terreiro. Lembro que nas épocas de chuvas, eram os melhores dias para ir ao sítio, onde os açudes, ou lagos, (depende da sua região), enchiam. Havia uma baixa onde ficava os açudes, era onde costumávamos ir, no alto dava pra ver, aquela reca de meninos buchudos descendo o morro para tomar banho. A nossa maior diversão ao chegar lá, era uma arvore que tinha uma galha bem grande, que ia até o açude que tomávamos banho, foi onde colocamos uma corda, que servia como balança, e quando chegávamos a uma certa altura, pulávamos em direção ao açude, era loucura, mas o importante era a diversão, era estar ao lado daquelas pessoas que você confiava.
Bons momentos que sinto falta, dedico esse pequeno texto a todos eles, pois hoje é 8 de dezembro, uma data escolhida para homenagear as famílias.
Mesmo distantes de cada um deles, levo comigo todo o carinho e os bons momentos que passamos juntos, e todos tiveram uma grande importância em minha vida. Que saibamos valorizar todos eles, que possamos aproveitar cada segundo com eles, pois a vida ela é um pouco cruel, as vezes ficamos distantes de todos, e as únicas coisas que sobram, são os momentos vividos.
Saibam que os poucos momentos mais felizes que passamos, foram aqueles, mesmo pouco, com a nossa família.
PARABÉNS A TODAS AS FAMÍLIAS !!!
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